O diretor regional do Senac PR foi o moderador do painel de ontem

Nessa semana o Sebrae, com apoio da Fecomércio PR, realiza o Varejo Week. Evento online e gratuito com palestras no período da manhã, sempre às 10h30 e painéis setoriais, iniciando diariamente às 17h30. O painel de ontem (14), com o tema Minimercados, foi moderado pelo diretor regional do Senac PR, Rodrigo Rosalem.  

O Varejo Week traz as principais tendências do setor varejista e fomenta a trocas de experiências entre empresas de diversas localidades do país. O evento conta com a participação do Sebrae de diversos estados.

Rosalem iniciou ponderando os desafios que o mundo vem enfrentando neste período, em particular, o empreendedor brasileiro. “Há dois anos jamais imaginávamos essa crise, com tamanho impacto em diversos aspectos em nossa sociedade. Vemos uma mudança de comportamento humano e no consumidor, com novas formas de se relacionar e investir. Portanto, o grande desafio é nos readaptarmos a essa nova situação. Alguns hábitos tendem a se alterar e serem perenes”, destacou.  

Os serviços delivery e online se intensificaram e quem era resistente às modalidades precisou experimentar. Muitos dos consumidores passaram a adotar esses novos hábitos, conforme o diretor regional. 

Cases

Para debater essa nova realidade, Rosalem convidou quatro personalidades que traçaram um cenário de incertezas e esperanças de arrefecimento da pandemia com a vacinação em massa. O diretor comercial do Grupo Martins – atacadista, contou sobre as inovações da atividade desse setor. A principal foi a criação da Universidade Martins do Varejo, com um centro de treinamento e inovação para ferramentas de gestão. “A alta mortalidade de empresas está associada à falta de apoio, gestão e tecnologia. Por isso, o desenvolvimento de um método de levar essas soluções de preparo ao varejo”, pontuou.

A plataforma Pertinho de Casa foi apresentada pela empreendedora da rede Asta, Alice Freitas. Atua com empreendedorismo social em apoio a artesãs. “Nós começamos a receber procura de mulheres que tiveram seus trabalhos interrompidos durante a pandemia. Nosso olhar otimista permitiu transformarmos as ameaças em oportunidades. Unimos inicialmente as costureiras para a produção de máscaras, totalizando a confecção de sete milhões de unidades. Posteriormente, estudamos conceitos de localização para seguirmos com nossas produções e incentivarmos o consumo local”, explicou. 

A ideia foi incrementar um marketplace de incentivo à compra de quem está perto, fortalecendo a economia local, com adesão gratuita, operação fácil e sem burocracia. 

Já a administradora e consultora do Sebrae, Edna Gelmini, falou das feiras livres, também seguindo o conceito de localidade, associada à agricultura familiar. “O brasileiro inova e tem força. A feira trabalha com o agricultor familiar que comercializa no urbano, por isso é importante ele se atualizar. Hoje, apesar do mundo virtual não acabar com o físico – até mesmo pela socialização e pela cadeia produtiva -, há novas alternativas de mercado, como os serviços de entrega e drive thru pelos feirantes.

Por fim, os agricultores Aleixo Batista e Gisely Cristina contaram sobre um método sustentável e inovador de agricultura familiar, a CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura). A tecnologia social conta com o apoio da comunidade para o cultivo de orgânicos pela agricultura familiar. Com apoio comunitário, hoje a CSA conta com 277 famílias integrantes. Os alimentos frescos são entregues em cestas em pontos comerciais a seus associados.

Texto: Karen Bortolini