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Turismo registra primeiro saldo positivo de postos formais de trabalho desde o início da pandemia

Gradativamente o setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia, vem retomando suas atividades. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,1% na passagem de junho para julho de 2021, já descontados os efeitos sazonais. O resultado mensal […]

06/10/2021

Gradativamente o setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia, vem retomando suas atividades. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor de serviços cresceu 1,1% na passagem de junho para julho de 2021, já descontados os efeitos sazonais. O resultado mensal veio próximo à expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que projetava variação de 1,2% ante o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve variação de +17,8%, taxa influenciada pela baixa base comparativa decorrente do início da flexibilização da quarentena após a primeira onda de contaminação da população. 

De acordo com o levantamento do IBGE, a queda do isolamento social, associada à desaceleração no número de casos de contaminação e mortes pelo coronavírus, tem viabilizado a retomada das atividades, sobre os serviços de alojamento e alimentação, que tiveram elevação de 42,3% em relação a março deste ano. A sequência de ganhos reais mensais fez com que o setor registrasse, em julho, volume de receitas 3,9% superior ao período pré-pandemia, em fevereiro de 2020, sendo superado apenas pelo comércio, que avançou 5,9% no mesmo período.  

Com volume de receitas 24,6% inferior ao verificado em fevereiro de 2020, o turismo ainda deverá demorar a registrar ganhos nessa base comparativa. Contudo, o segundo semestre de 2021 já apresenta sinais claros de maior de dinamismo nas atividades turísticas. 

As perdas mensais de receitas, por exemplo, recuaram pelo quarto mês consecutivo e tendem a se reduzir na medida em que as barreiras à circulação de turistas forem relaxadas. Em julho, as atividades turísticas somaram R$ 17,4 bilhões em perdas e operavam, em média, com 63% da sua capacidade de geração de receitas, segundo levantamento realizado pela CNC. Pelas contas da entidade, o setor já acumula perda de R$ 413,1 bilhões desde o início da crise sanitária. 

Regionalmente, os Estados de São Paulo (R$ 171,6 bilhões) e do Rio de Janeiro (R$ 50,2 bilhões), principais focos da Covid-19 no Brasil, concentram mais da metade (54%) da perda nacional de receitas com serviços turísticos. 

Outro sinal claro da aposta na recuperação do setor tem sido a reação do mercado formal de trabalho. Pela primeira vez desde o início da pandemia, as atividades turísticas acumulam mais admissões (1,061 milhão) do que desligamentos de funcionários (1,018 milhão), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Assim, em relação ao estoque de funcionários de julho do ano passado, o saldo de 42,6 novas vagas ampliou em 1,4% a força de trabalho do setor. 

Finalmente, embora ainda não tenha se “normalizado” em torno dos 2 mil voos diários que eram registrados antes do início da crise sanitária, o fluxo de aeronaves nos principais aeroportos do País vem apresentando crescimento robusto desde abril deste ano, tendo avançado 27% em julho e 1% em agosto. 

Para os próximos meses, a tendência é de que os serviços (especialmente, o turismo) ganhem dinamismo, na medida em que o evidente efeito positivo da vacinação da população sobre a atividade econômica se soma à baixíssima base comparativa de 2020. Neste contexto, a CNC revisou de +18,2% para +19,1% sua projeção para a variação do volume de receitas do turismo. De forma semelhante, a previsão da entidade para o setor de serviços também foi revidada de +5,8% para +6,2% ao fim do corrente ano. Em ambos os casos, confirmadas as previsões, essas atividades registrariam as maiores taxas de crescimento desde o início da PMS. 

Texto: Karla Santin

Publicado por Estagiários Jornalismo

06/10/2021 às 11:59

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