As passagens aéreas e os pacotes turísticos contribuíram para o processo de desinflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no setor de turismo, tanto no Brasil quanto na Região Metropolitana de Curitiba. Análise da Fecomércio PR mostra uma queda significativa nos preços desses serviços nos últimos 24 meses, aliviando a pressão inflacionária sobre o setor.

IPCA do Turismo no Brasil

Em abril, o IPCA do turismo no Brasil apresentou deflação de 0,70%, acumulando queda de 3,10% no ano de 2024. De acordo com o economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, as passagens aéreas foram o principal fator dessa redução, com uma diminuição de 12,09% apenas no último mês. Aluguel de veículos e pacotes turísticos também contribuíram para essa tendência, registrando quedas de 4,34% e 2,09%, respectivamente. Em contraste, itens como hospedagem e estacionamento tiveram aumentos de 0,75% e 0,38%.

IPCA do Turismo em Curitiba

Na capital paranaense, o cenário é semelhante. Em abril, o IPCA do turismo em Curitiba registrou queda de 0,43%. A queda nos preços das passagens aéreas, com uma redução de 11,66%, e dos pacotes turísticos, que diminuíram 2,97%, foram os principais responsáveis por essa deflação. No entanto, alguns serviços culturais e de hospedagem viram aumentos significativos, com cinema, teatro e concertos subindo 2,51% e hospedagem aumentando 2,27%.

Impactos e Perspectivas

Para Dezordi, a deflação observada no IPCA do turismo indica uma possível recuperação do setor, tornando viagens e pacotes turísticos mais acessíveis para os consumidores. “Essa tendência pode estimular uma maior demanda por serviços turísticos, beneficiando a economia local e nacional. No entanto, a variação positiva em subitens como hospedagem e entretenimento cultural sugere que ainda há segmentos do setor que enfrentam pressões inflacionárias”, avalia.

A desinflação do IPCA no turismo, especialmente influenciada pelas quedas nos preços das passagens aéreas e pacotes turísticos, oferece um cenário favorável para o setor. “Esse fenômeno, se sustentado, pode levar a um aumento no fluxo de turistas e fortalecer a economia local, trazendo benefícios tanto para consumidores quanto para prestadores de serviços turísticos”, reitera o assessor econômico da Fecomércio PR.

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