Francisco Xavier da Costa Aguiar Júnior

Ontem (7) o coordenador de Inteligência de Mercado e Inovações, Francisco Xavier da Costa Aguiar Júnior, ministrou a palestra “Jovem Aprendiz como sua categoria de base para novos talentos” no evento ViaSoft Connect 2021, que compõe a programação da Semana de Inovação do Paraná. 

Francisco abordou a importância de organizações criarem programas de formação de novos talentos como estratégia necessária. Ao analisar e atender diversas empresas, principalmente no segmento de TI, têm identificado que é corriqueiro os casos de pequenas e médias empresas que perdem grandes talentos nas suas equipes para organização maiores e/ou internacionais. 

No caso do mercado internacional, é quase impossível empresas nacionais competirem com programas de remuneração em dólar ou euro.

O risco de perder talentos para outras organizações está presente em todas as empresas. A formação de uma categoria de base vem como uma resposta rápida e ágil para diminuir ou anular os danos de perder uma peça-chave na equipe de colaboradores.  

Como principal personagem na categoria de base, Francisco cita a figura do Jovem Aprendiz, que pode potencializar o poder criativo de uma organização. Porém, a contratação de um jovem aprendiz vem com a necessidade de uma instituição formadora para contribuir com o seu desenvolvimento; neste quesito entra o Senac. 

O Senac PR possui programas de aprendizagens e MPS – Modelo Pedagógico Senac, capacitando e desenvolvendo competências alinhadas ao mercado de trabalho para jovens. Além do domínio técnico, é necessário que o profissional seja competente frente aos desafios de sua profissão. O Senac PR, ao colocar o jovem aprendiz como protagonista no processo de aprendizagem e através de dinâmica Ação – Reflexão – Ação e suas marcas formativas, desenvolve pela prática as competências necessárias para o profissional atender as expectativas do mercado. 

Francisco citou o caso do Senac de Pato Branco, que através da união de empresas do segmento de TI e da Prefeitura, iniciou uma turma mista do Melhor Aprendiz Tech. Ele reforça que a criação de categorias de base e de programas de formação de novos talentos é para toda organização, independente do seu porte ou nicho. E que mesmo a pequena empresa pode iniciar o seu programa de formação com apenas um jovem aprendiz ou profissional em treinamento, ou então associar-se a outras organizações para atuar de forma similar ao caso de Pato Branco. 

Já o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, ministrou a palestra “A importância da inovação para o desenvolvimento do comércio do Paraná”.

Ele argumentou que com a interrupção abrupta do processo econômico no início do ano passado, as famílias e o governo ficaram mais endividados, e o comércio do Paraná também passou por grande dificuldade no período. Os modelos tradicionais de negócio se viram desafiados, o varejo principalmente, que possui característica eminentemente presencial. Os negócios tiveram que se reinventar, mas alguns não conseguiram e fecharam. 

Schmidt pontuou que já estava em curso uma grande transformação no ambiente de negócios e a pandemia acabou acelerando este processo. E que na atividade comercial, cada vez mais passa a estar presente o conceito de omnicanalidade. Omni do latim, significa tudo, ou seja, os canais físicos e digitais estão cada vez mais integrados no dia a dia do comércio.  

Cada vez mais se trabalha com características online e offline. Em função disso foi forjada a denominação figital, termo que expressa essa combinação de físico e digital, tendência essa que tende a se acelerar. A transformação digital é um caminho sem volta, na medida que cada vez mais a massa dos consumidores passa a ser aqueles que já nasceram e cresceram no ambiente digital, com contato com os computadores, internet, vídeo games, celulares e mídias sociais, os chamados nativos digitais. 

Com relação à evolução do comércio eletrônico relatou o crescimento de compra nos sites das empresas e nos chamados marketplaces, que são plataformas que concentram várias marcas. As vendas também vão ganhando cada vez mais força de impulsionamento nas redes sociais e aplicativos. 

Considerou que apesar de todos os problemas causados pela pandemia, um dos efeitos colaterais positivos foi a abertura de espaço para a inovação. No momento que vivemos, a necessidade de inovar não foi apenas para manter uma vantagem competitiva, mas também de sobreviver. E que ela será importante para o período pós-pandemia, em que o comportamento do consumidor e do mercado já terá se modificado. 

Schmidt destacou que no Paraná a Fecomércio PR incentiva a inovação, participando e colaborando com o ecossistema de inovação de Curitiba, e, em conjunto, com o Sebrae PR estimula ecossistemas específicos para o comércio em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Junto de empresas, entidades representativas e universidades, visa estimular o empreendedorismo e desenvolver políticas públicas para o segmento; buscando agregar práticas e informações que possam ser úteis para o comércio. 

Rodrigo Schmidt

Texto: Rafaelle Batista