17/03/2021
O maior porto graneleiro da América Latina começou sua história no antigo atracadouro de Paranaguá, no século XIX. Mas a inauguração oficial do Porto de Paranaguá aconteceu em 17 de março de 1935, com a atracação do Navio Almirante Saldanha. Nessa época, era rota para exportar mate e café e importar produtos manufaturados da Europa. O porto, com apenas 400 metros, movimentou no seu primeiro ano 91,5 mil toneladas – menos do que um único navio embarca atualmente.
Com 57.339.307 toneladas movimentadas no ano passado, o Porto de Paranaguá chega aos seus 86 anos atingindo recordes. Apesar da pandemia, a movimentação dos portos paranaenses teve uma alta de 8% em relação ao recorde anterior, registrado em 2019, com 53.204.040 toneladas, consolidando 2020 como o melhor ano das exportações estaduais. A soja e seus derivados foram os principais produtos exportados. O câmbio, o clima estável e a demanda internacional contribuíram para os bons resultados de acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Essas condições fizeram com que o exportador e o produtor paranaense tivessem mais apetite para exportar. E nós conseguimos atender toda essa demanda com muita organização de toda a comunidade portuária”, explica.
Movimentando 500 vezes mais cargas do que na época de sua fundação, o Porto de Paranaguá está de olho no futuro e aposta em inovação para se tornar hub logístico da América Latina. Considerado a principal porta de saída do agronegócio brasileiro, o porto paranaense investe R$ 703 milhões em obras e prepara uma revolução tecnológica para integrar sistemas e operações. “Acreditamos que é possível crescer de forma ordenada e sustentável. Sem prejudicar o município e cumprindo o papel de desenvolver a região, com geração de emprego e renda. Para isso, precisamos ter eficiência na recepção, movimentação e armazenagem das cargas”, diz Garcia.
“Os contínuos recordes do Porto de Paranaguá são fruto dos investimentos massivos do governo estadual, em conjunto com a iniciativa privada, que reconhece o potencial logístico dos portos paranaenses, bem como de uma gestão eficiente e comprometida”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e vice-governador do Paraná, Darci Piana.
Texto: Karla Santin
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