O endividamento dos paranaenses chegou ao maior nível em 12 anos: 96,2% da população possuía algum tipo de dívida em novembro. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Índice semelhante foi registrado em agosto de 2011. Em outubro, a parcela de endividados era de 95,8% no estado.

No contexto nacional, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer recuou 0,3 ponto percentual (p.p.) em novembro de 2022, alcançando 78,9% do total das famílias brasileiras.

Apesar do alto índice de endividamento, os paranaenses possuem boas condições de solvência das dívidas: 24% estavam com as contas atrasadas, enquanto a média nacional de inadimplência foi 30,3%. E os paranaenses sem condições de quitar seus débitos correspondiam a 8,2% em novembro, ante 10,9% na média brasileira.

Faixa de renda

As famílias com renda acima de dez salários mínimos foram as mais endividadas, com 96,4%, e também foi entre elas que ocorreu a maior alta mensal, uma vez que em outubro 95,2% possuíam dívidas. Nesta faixa de rendimentos, 16,1% dos endividados estavam com as contas atrasadas e 4,8% não tinham condições de pagá-las.

Já entre as famílias de menor renda, o endividamento ficou na casa dos 96,1% em novembro, ante 95,9% em outubro. Por outro lado, a inadimplência caiu na variação mensal, ao passar de 26,1% em outubro para 25,7% no mês passado. As famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso permaneceram em 9,1%.

Tipo de dívida

O cartão de crédito continua concentrando a maior parte das dívidas, com 85,4%. Verifica-se aumento na utilização do cartão para compras em novembro, motivadas pela Black Friday, que tem a internet como principal canal e o cartão de crédito uma das formas mais utilizadas para pagamento.

O financiamento de veículo concentrou 8,5% das dívidas dos paranaenses em novembro e o financiamento imobiliário, 6,5%.

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