27/10/2022
Nesta semana o Sesc PR promoveu uma série de lives do Outubro Rosa transmitidas por seu canal no Youtube. A primeira foi realizada na segunda-feira (24), com o tema: “Nutrição voltada para saúde feminina”, com o nutricionista Gian Carlo Semmer Orsatto, que falou sobre a alimentação nas diversas fases da vida da mulher. Acesse aqui.
Na terça-feira (25) a psicóloga Ana Talita Costa Ribas abordou o tema: “Como desenvolver a flexibilidade para lidar com as crises da vida”. “Normalmente quando falamos de crise falamos de situações que nos impactam e mudam o curso daquilo que estávamos vivendo. Trazendo para o contexto do Outubro Rosa, temos a questão do adoecimento da pessoa ou de alguém da família ou próximo a ela com crise, momentos de luto, mudanças de trabalho e de perspectivas, término de relações ou entrada em uma relação diferente, ansiedade, depressão, entre outros”, contextualizou.
Para ela, há a flexibilidade de traçar opções alternativas aos pensamentos automáticos e ruins que nos veem a mente. “O ser humano é o único ser vivo capaz de questionar o seu próprio pensamento. Isso significa que podemos nos observar de fora. Sai daquele automático que vivemos, reações impulsivas que temos em relação as coisas ou situações, e começa-se a monitorar as respostas automáticas para as coisas. Então eu faço esse movimento de adaptar meu pensamento e focar naquilo que é importante”, indicou.
Acesse a live completa aqui.
Ontem (26) os médicos José Clemente Linhares, Shirlei Kugler Aiçar de Súss e Alessandra Amatuzzi Cordeiro Fornazari promoveram uma roda de conversa on-line sobre os “Desafios na prevenção e rastreamento do câncer feminino”.
A primeira a iniciar o bate-papo foi a médica Shirlei Kugler Aiçar de Súss. “Embora o Outubro Rosa seja um mês temático, em que a campanha de prevenção contra o câncer de mama está instituída, é importante que essa prevenção seja feita o ano todo e que sejamos sempre vigilantes. Quando se fala em oncologia, o diagnóstico precoce faz toda a diferença, principalmente com as chances de cura da doença. O recado é: não negligenciar sua saúde para os e exames preventivos”, enfatizou.
Ela também trouxe informações sobre o programa Conscientizar Mais do Hospital Erasto Gaertner. “É um programa que visa a prevenção e o diagnóstico precoce em oncologia. São seis frentes de atuação, com apoio de um aplicativo voltado ao rastreio organizado do câncer de mama, próstata, colo de útero, pele, intestino e câncer de boca. Essa ferramenta possibilita, por meio de um questionário identificar possíveis pacientes elegíveis, que podem ser investigados com base nos sintomas ou queixas presentadas, para que sejam encaminhados a exames complementares e se chegue a um rápido diagnóstico”, explicou.
Titular do Serviço de Ginecologia e Mama do Hospital Erasto Gaertner, José Clemente Linhares trouxe informações sobre a recomendação de exames preventivos para detecção do câncer de mama. “A maior incidência do câncer de mama é entre os 50 e 60 anos, por isso a recomendação do Ministério da Saúde é que as mamografias sejam feitas em mulheres com essa faixa etária. Cerca de 30% das pacientes que tratamos no Hospital têm entre 40 e 50 anos, e é consenso na Sociedade Brasileira de Mastologia para que esse exame seja feito por mulheres a partir de 40 anos, desde que não tenham nenhum fator de risco. Agora, se a mulher tem histórico familiar ou alterações genéticas o rastreio deve ser individualizado, e o exame pode ser recomendado antes”, alertou.
A médica Alessandra Amatuzzi Cordeiro Fornazari comentou que a pandemia impactou negativamente no número de mamografias e, em consequência, no diagnóstico de possíveis casos de câncer de mama. “Quase um terço das mulheres deixou de fazer seus exames neste período. A mamografia é essencial, e é o único exame de rastreamento que vai ajudar a reduzir a mortalidade pela doença. No Brasil, as campanhas do Outubro Rosa têm uma grande aderência na realização de exames, mas cerca de 25% das pacientes na faixa etária recomendada nunca fizeram a mamografia. Por isso a gente frisa tanto: o câncer da mama ainda é o que mais mata mulheres no mundo”, ressaltou.
Para ela um conjunto de fatores contribuem para a não realização dos exames preventivos. “Às vezes pela falta de informação, ou pelo medo do desconforto ao realizar o exame, receio de algumas pacientes que têm prótese mamária, vergonha, entre outros. A gente sabe que a mamografia não é um exame 100% confortável, por isso indicamos para as pacientes, por exemplo, que não estão em menopausa, fazer os exames fora do período pré-menstrual”, recomendou.
Clique aqui e assista à live completa.
Texto: Isabela Mattiolli
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