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Mais um sinal de que tudo ia bem para o comércio

Pesquisa da CNC e Fecomércio PR mostra redução no endividamento dos paranaenses em março. Dados são anteriores aos reflexos da pandemia

01/04/2020

Mais uma vez, pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que o cenário era bastante favorável para o varejo paranaense antes da pandemia do coronavírus. Além da alta do índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e da Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de março também apresentou melhora considerável.
O percentual de famílias endividadas no Paraná teve a segunda redução mensal, passando de 89,71% em fevereiro para 88,81% em março. Os dados foram coletados nos últimos dez dias do mês de fevereiro e demonstram um contexto anterior ao surto de Covid-19 e de seus prováveis impactos na capacidade financeira das famílias do mundo inteiro.

Apesar da redução da parcela de endividados, a população do estado mantém um nível de endividamento muito superior ao nacional: 88,81% ante os 66,19% da média brasileira.

Em março, o percentual de famílias paranaenses com contas em atraso teve elevação de 27,68% ante 27,32% em fevereiro. As condições de pagamento, por outro lado, apresentaram melhora, uma vez que a parcela de endividados que não conseguiriam pagar suas dívidas era de 12,47% em fevereiro e caiu para 12,07% em março.

A pesquisa também mostra queda mais acentuada no indicador de endividamento entre as famílias de menor renda. Em fevereiro, 88,92% dos consumidores com renda familiar mensal de até dez salários mínimos possuíam algum tipo de dívida. Já em março, esse percentual caiu para 87,84%. Em relação a março de 2019, a diminuição é ainda mais expressiva, quando 89,37% dos paranaenses das classes C, D e E encontravam-se endividados.

Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos mensais, o endividamento ficou em 93,37% em março, ante 93,41% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, observa-se baixa no indicador de endividamento, que atingia 94,61% das famílias das classes A e B.

No entanto, entre as famílias de menor renda, há mais casos de contas em atraso, com 30,93% na comparação com 11,45% entre aquelas mais abastadas. A inadimplência, que é o atraso no pagamento das dívidas superior a 90 dias, caiu consideravelmente entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, ao passar de 52,38% em fevereiro para 36,84% em março. Já entre os consumidores com renda abaixo desse patamar, a possibilidade de inscrição do CPF nos serviços de proteção ao crédito teve aumento, saindo de 52,92% no mês anterior para 54,96% em março.

Tipo de dívida

O cartão de crédito continua sendo o maior vilão das famílias endividadas, com 72,54%. O financiamento imobiliário concentra 9,91% das dívidas e a prestação de veículo corresponde a 7,66%. Já os carnês representam 4,11% dos compromissos financeiros dos paranaenses, e o crédito pessoal a 3,22%.

Parcela da renda comprometida

Os paranaenses comprometeram, em média, 32,83% de sua renda com dívidas no mês de março, sendo que a maioria dos consumidores (66,77%) comprometeu de 11% a 50% de seus rendimentos. Os que comprometem mais da metade da renda chegaram a 22,79% em março. Já os que empenharam até 10% de sua renda com dívidas correspondiam a 10,33%.

Publicado por Karla Santin

01/04/2020 às 11:42

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