O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses teve redução de 1,5% em agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Marcando 98,6 pontos, este é o primeiro mês do ano que o indicador está abaixo da margem de 100 pontos, demonstrando a insatisfação dos consumidores.

Pela primeira vez, desde o início da pesquisa em 2010, o índice do Paraná ficou abaixo da média nacional, que atingiu 101,1 pontos em agosto, com variação mensal positiva de 1,4%.

Apesar da baixa na variação mensal, na comparação com agosto de 2022 houve avanço de 1,9%, especialmente no aspecto Momento para Compra de Bens Duráveis, que apresentou alta de 17,1%. Comparando 2023 com 2022, neste ano, a ICF está melhor em todos os meses.

Dos fatores avaliados, três tiveram crescimento de julho para agosto: Renda Atual (0,2%), Acesso ao Crédito (1,1%) e Nível de Consumo Atual (2,3%), único subitem que está em crescimento, tanto na variação mensal quanto na anual.

Os demais componentes da ICF, entretanto, tiveram redução na comparação de julho com agosto: Emprego Atual (-1,4%), Perspectiva Profissional (-6,8%), Perspectiva de Consumo (-3,2%) e Momento para Duráveis (-7,4%).

A queda da ICF em agosto foi puxada pelas famílias com renda até dez salários mínimos, entre as quais o indicador ficou em 96,1 pontos, com redução de 2,1%. Os fatores que mais pesam entre os consumidores de menor renda são a Perspectiva Profissional, com diminuição de 8,9%, e Momento para Duráveis, com baixa de 8%.

Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos houve crescimento de 1%, com a ICF marcando 110,2 pontos, estimulada pelo Nível de Consumo Atual (6,3%) e Renda Atual (3%).

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