01/07/2020
Pelo terceiro mês consecutivo, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve queda no Paraná. O indicador, aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), ficou em 85,4 pontos em junho, com redução mensal de 9,4% e variação anual negativa em 14,4%.
Esse é o menor índice da ICF desde setembro de 2016, quando marcava 87,8 pontos, período em que o país passava por instabilidade política e econômica, e que antecedeu ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Apesar da contração, a Intenção de Consumo das Famílias paranaenses está 18,8% acima da média nacional, que ficou em 69,3 pontos.
Trabalho
Dentre os componentes do indicador, o Emprego Atual baixou para 98,1 pontos e passou a ser considerado insatisfatório, por ter ficado abaixo dos 100 pontos. A avaliação sobre a situação no emprego caiu 7,2% em relação a maio e 18,9% na comparação com junho de 2019. Já a Perspectiva Profissional teve a menor pontuação da série histórica, iniciada em 2010, com 68,2 pontos, o que demonstra que os paranaenses não vislumbram melhora salarial nos próximos meses.
Renda
O aspecto Renda Atual ficou em 138,1 pontos, um dos poucos que ainda podem ser considerados satisfatórios por estar acima da linha dos 100 pontos. No entanto, este é o menor percentual desde outubro de 2010 (134,4 pontos).
A opinião dos paranaenses sobre o Acesso ao Crédito também passou para o nível de insatisfação, ao atingir 94,7 pontos em junho, com redução mensal de 7,3%. Ainda assim, em relação a junho de 2019, esse quesito apresentou alta de 3,7%.
Consumo
Com 61,2 pontos, o Nível de Consumo Atual é o menor desde novembro de 2016 (59,8 pontos) e sofreu redução de 15,5% na variação mensal e de 29,5% em relação a junho do ano passado. A maioria dos entrevistados (56,1%) informou que seu nível de consumo atual está menor se comparado ao mês anterior.
A Perspectiva de Consumo possui a menor pontuação entre todos os aspectos avaliados, com 30,7 pontos. Mas já houve período em que este quesito também esteve ruim, a exemplo de agosto de 2016, quando despencou para 30,4 pontos. A Perspectiva de Consumo é o subíndice com maior queda no Paraná: quando comparado a maio, teve redução de 32,7%, e em relação ao mesmo mês do ano anterior, teve queda anual 64,0%.
O outro tópico que ainda possui avaliação satisfatória é o Momento para Compra de Bens Duráveis, com 106,6 pontos. Apesar da diminuição de 6,8% em relação a maio, este subíndice está 24,4% acima do registrado em junho de 2019.
Tanto que o boletim conjuntural, divulgado na última quinta-feira (25) pelas secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes do Paraná, mostra que houve alta na venda de bens duráveis durante a pandemia. Segundo o estudo, as vendas de áudio, vídeo e eletrodomésticos apresentaram um salto de 14% no mês de maio. Produtos de informática, telefonia, linha branca (como geladeira e fogão), celulares, televisores, móveis e colchões também mostraram tendência positiva após a forte queda nas vendas nos meses de março e abril. Conforme avaliação do relatório, todos os itens de consumo duráveis analisados se afastaram com consistência das mínimas das vendas observadas em março e abri, o que mostra que houve adaptação na forma de atendimento ao consumidor, e que alguns produtos podem ter experimentado aumento na demanda conforme a população passou a permanecer mais tempo dentro de casa.
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