18/03/2025
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Paraná manteve trajetória de queda em março, refletindo a cautela dos consumidores diante do cenário econômico. O índice, medido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), recuou para 92,3 pontos no Paraná, com desaceleração de 2,5% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024, a redução foi ainda mais expressiva, de 10,4%.
O resultado paranaense acompanha o movimento nacional, que também está em declínio nos últimos seis meses e reduziu 1% em março diante de fevereiro.
Entre os aspectos que mais influenciaram a queda da intenção de consumo no estado, a Perspectiva de Consumo foi o fator de maior impacto, atingindo apenas 59,4 pontos – bem abaixo do nível considerado positivo (100 pontos) – e apresentando redução mensal de 7,8%. Na comparação com março de 2024, a expectativa de consumo para os próximos meses teve uma diminuição ainda maior, de 39,5%.
Além disso, o momento atual não é considerado favorável para a compra de bens duráveis, com esse subindicador registrando 59,9 pontos, com retração de 5,3% em relação a fevereiro.
Outros fatores também contribuíram para a piora no cenário do consumo em fevereiro: o Nível de Consumo Atual apresentou baixa de 4,5% e o Acesso ao Crédito caiu 3,8%. Ainda que em menor proporção, também apresentaram baixa o fator Emprego Atual (-2,1%) e Renda Atual (-0,3%).
Somente a Perspectiva Profissional demonstrou elevação, tanto na variação mensal (2,2%) quanto na anual (7,5%), evidenciando que os paranaenses acreditam em uma melhora salarial nos próximos meses.
Análise por faixa de renda
As famílias com menor renda demonstraram a maior contração no consumo. Nessa faixa, o ICF ficou em 91,5 pontos, com variação negativa de 2,6% no mês. Os principais fatores de preocupação foram a Perspectiva de Consumo (-7,4%) e o Nível de Consumo Atual (-5,7%). Além disso, a percepção de que este não é um bom momento para compra de bens duráveis (-5,2%).
Já entre as famílias de maior renda, o ICF marca 96,1 pontos, com retração de 2% em relação a fevereiro. Nesse grupo, o pessimismo também se reflete na Perspectiva de Consumo (-10,0%), na percepção negativa para compra de bens duráveis (-5,9%) e na maior dificuldade de acesso ao crédito (-5,5%).
Karla Santin – jornalismo@fecomerciopr.com.br | (41) 3883-4530 – WhatsApp (41) 99236-3335
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