07/04/2023
No início da minha carreira profissional como representante
comercial, nos anos 1960, visitei inúmeras vezes Foz do Iguaçu,
assim como outras cidades de todo o Paraná. Mais tarde, entrei
para o mundo dos sindicatos empresariais e da Federação do
Comércio do Paraná. Em seguida, assumi a presidência do
Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios no
Estado do Paraná (Sincopeças).
Quando me tornei presidente do Sistema Fecomércio Sesc
Senac Paraná, em 2004, foi possível colocar em prática a expansão
do Sesc e do Senac. Na época, o Senac possuía 13 unidades e o
Sesc, 21. Hoje, nós temos 48 unidades do Sesc e 46 do Senac, com
outras 11 em construção.
Uma das unidades que mais me orgulha é a do Senac Foz do
Iguaçu, resultado de um convênio com o governo do estado lá em
meados da primeira década do milênio, pelo qual recuperamos e
reciclamos o antigo Hotel Cassino de Foz para se tornar uma escola
de ensino profissionalizante para o comércio, incluindo restaurante
e café-escola.
Ao aceitar ser candidato a vice-governador, em 2018, o fiz
com a convicção de que eu poderia contribuir aproximando e
facilitando a relação entre governo e empresariado. Creio que tenha
sido exatamente esse o meu papel, na primeira e, agora, na segunda
gestão.
Trata-se de algo lógico. O importante para o empresário, de
modo geral, é se relacionar. São relacionamentos institucionais e
aqueles que se aprimoram através dos negócios e em feiras, que
são janelas que se abrem. Fazer visitas a feiras espalhadas pelo
mundo gera um conhecimento que se traz para os nossos negócios.
Em resumo, buscar referências no mercado é essencial para que
possamos melhorar o próprio comércio.
Mas existem outras oportunidades. Por exemplo, eu visito
Foz do Iguaçu desde 1967. Várias vezes estive dentro das obras
da Itaipu, porque eu fornecia peças de reposição para aquelas
máquinas imensas, todas importadas. Aquilo permitiu um
relacionamento muito profícuo.
Na fronteira, o relacionamento é internacional, já que todos os
dias há muitos empresários circulando entre os três países. Outras
regiões do Paraná não têm a facilidade da fronteira.
Tomemos o Paraguai como exemplo. É o maior parceiro do
Paraná, somos grandes consumidores do que é produzido do lado
de lá. A nova ponte, que estamos terminando de construir, é fruto
dessa necessidade de melhorar o relacionamento com o Paraguai.
Afinal, se o Brasil cresce, o Paraguai vai crescer também. Em
relação à Argentina é a mesma coisa. Então, a necessidade de
relacionamento é fundamental.
Por outro lado, ainda há uma grande lacuna, pois o
Mercosul não funciona em sua plenitude. Fui durante muitos
anos coordenador empresarial brasileiro do Fórum Econômico e
Social do Mercosul. A lógica que sempre pautou as diretrizes do
nosso colegiado é a que está na origem do Tratado de Assunção,
que estabeleceu o Mercosul, em 1991: integração entre os paísesmembros para um mercado comum, com livre circulação de bens,
serviços, pessoas, informações e mercadorias.
Entretanto, nos dias de hoje, para atravessar a fronteira com
a Argentina, há filas de até duas horas. Nota-se empiricamente
que há um fracasso na realização do livre trânsito idealizado. É
necessário bom senso aos países-membros para implantar um
verdadeiro mercado comum.
O desafio é esse, incrementar as relações comerciais na
tríplice fronteira, para impulsionar o crescimento de toda a região.
Esta é a missão na qual estou completamente empenhado, atuando
no papel de empresário dentro do setor público, aproximando os
dois lados e mirando, sempre, o desenvolvimento econômico e
social para benefício do povo paranaense.
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