Pesquisa da Fecomércio PR mostra que 59% dos empresários estão otimistas para o primeiro semestre de 2018

                Os empresários do comércio paranaense estão mais otimistas neste início de ano. De acordo com a 33ª Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, Serviços e Turismo, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 59% dos empresários possuem boas expectativas para este 1º semestre de 2018.

Na edição anterior da pesquisa, referente ao 2º semestre de 2017, o percentual de expectativas favoráveis era de 58%. E em relação ao 1º semestre de 2017, o otimismo estava ainda mais baixo, de 49%.

Outra parcela do empresariado, 25%, ainda não possui opinião definida sobre as receitas para este ano, o que demonstra a insegurança dos gestores com relação ao futuro. Na edição anterior da pesquisa, o índice de indefinição foi de 24%.

Os empresários com expectativa desfavorável correspondem a 12%, indicador semelhante aos 11% da edição anterior do estudo. Já os que estão indiferentes, e acreditam que tudo permanecerá da mesma forma, são 4%. No segundo semestre de 2017 essa era a projeção de 7% dos entrevistados.

 

 

Desde 2014 a confiança do setor terciário começou a declinar, sendo reconquistada aos poucos a partir do 2º semestre de 2016. Este foi o quarto crescimento consecutivo do otimismo dos empresários registrado pela pesquisa da Fecomércio PR.

 

 

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a elevação das perspectivas otimistas nos dois últimos semestres é reflexo da retomada nas vendas do varejo e contratações de serviços apresentada a partir da metade de 2017. “O empresariado se mostra mais positivo, mas com certa cautela. O restabelecimento do poder de compra das famílias, somado ao aumento do emprego formal e à manutenção de uma política econômica de redução de juros e queda da inflação, compõem um cenário bastante favorável para o setor terciário. Parte dos empresários acredita na retomada da macroeconomia, mas não antes de dois ou três anos de decisões assertivas na esfera política”, avalia Piana.

Comércio X Serviços X Turismo

Comparando as expectativas dos três setores representados pela Fecomércio PR, observa-se semelhança entre as opiniões. Os empresários do turismo são os mais confiantes, com 69,8%. Na sequência estão os comerciantes, com 57,9%, e os prestadores de serviços, com 57,5%. As perspectivas desfavoráveis para o semestre chegam a 12,3% entre no comércio; 10,6% em serviços e 9,4% no setor de turismo.

 

 

Novos investimentos e funcionários

A pesquisa também revela que 30,5% dos empresários pretendem fazer novos investimentos nos negócios, ante os 23% registrados no estudo anterior (relativo ao 2º semestre de 2017). Dentre os que pretendem investir, os pontos mais citados foram reforma e modernização, capacitação da equipe e publicidade.

 

 

Em relação ao quadro funcional, a tendência é aumentar os postos de trabalho. Ainda que o percentual de empresários que pretende manter o número de funcionários tenha passado de 75% no semestre passado para 67,7%, a proporção de empresas que planejam abrir novas vagas subiu de 10% para 15,2% nesta primeira metade de 2018.

 

 

Dificuldades previstas para o 1º semestre

Entre as principais dificuldades apontadas pelos empresários para este 1º semestre, as mais citadas foram, novamente, a instabilidade econômica, carga tributária elevada, aumento no custo das mercadorias e clientes descapitalizados.

Expectativas por regiões

            Os empresários da região Sudoeste são os mais otimistas do estado, com 68,4%. Em seguida está a região de Ponta Grossa e Campos Gerais, onde o percentual de gestores com a sensação de que o faturamento neste primeiro semestre será melhor é de 66,7%.

Londrina e sua Região Metropolitana figura em terceiro lugar com maior concentração de perspectivas favoráveis, com 66%. O empresariado da região Oeste registra 65,4% de confiança, enquanto na Capital, o otimismo é de 55,8%.

Maringá é a cidade com menor percentual de gestores com expectativa favorável, com 44,4%.