O Webinar do Varejo Digital de ontem (8) trouxe o tema Desafios das lojas de Shopping durante a pande- mia. A iniciativa do Sebrae/PR em parceria com a Fecomércio PR vem promovendo quinzenalmente debates sobre assuntos atuais pertinentes aos empresários do comércio. Os convidados da live foram a empresária Arianne Mayer, da Mariah Assessórios e o head de Inovação Aberta BrMalls, Gustavo Queiroz, com mediação da Consultora do Sebrae, Danieli Doneda.

“O primeiro posicionamento da BrMalls na pandemia foi colocar a saúde em primeiro lugar. Fechamos todos os shoppings por período. O segundo passo foi a reabertura em períodos menores, com a evolução dos protocolos, mantendo todos os cuidados, como a aferição de temperatura nas entradas, por exemplo”, contou Queiroz.

O aprendizado foi intenso e inédito. Sob esse aspecto, a estratégia foi fortalecer a parceria com os lojistas, isentar aluguéis no período de fechamento e promover uma ajuda colaborativa. Apesar de os shoppings serem uma grande opção de lazer, para as vendas não despencarem, a retomada focou em sistemas de entrega, drive thru, mentoria aos colaboradores e atualizações de bases de dados de clientes para facilitar as compras.

“Priorizamos a experiência de compra e oferecemos nos espaços entretenimento seguro, mix de compras, alimentação e atividades para toda a família na reabertura, evitando aglomerações”, relatou o head. A saída foi aliar o online ao off-line de maneira que um potencializasse o outro. A criação de um marketplace com todas as lojas presentes nos shopping completou a praticidade do consumidor. As compras passaram a ser entregues em 24h, associadas a benefícios de fidelidade e descontos. Para Queiroz a grande dica aos lojistas para este período é apoiar-se no ecossistema em que está presente, compartilhar experiências e compreender os aprendizados do segmento.

A empresária Arianne, proprietária de sete lojas não só segue esta receita com sucesso, mas desenvolveu estratégias de proximidade com os clientes e humanização da marca. Lojas, em Foz do Iguaçu e Umuarama, ela intensificou as ações de comunicação tanto com a equipe quanto com seus consumidores. “Inicialmente precisamos trabalhar com coragem e cuidado, para passarmos segurança aos nossos clientes. Nossa  equipe não ficou parada e ninguém perdeu o emprego”, disse.

A empatia e a solidariedade foram as palavras-chave da empresária, pois verificou que o cliente está mais sensível. Capacitação aos colaboradores e oferta de melhor experiência de compra foram o norte seguido por suas lojas. “O senso de pertencimento da equipe na retomada permitiu trabalharmos em grupo. Diariamente envio vídeos às vendedoras, oferecemos cursos digitais a elas para trabalharmos de maneira alinhada. A presença digital fortaleceu a marca e complementou a atuação nesse novo cenário”, contou.

Para ela, o momento de turbulência foi de novas oportunidades, tanto de atualização tecnológica quanto para implementar projetos que não eram possíveis por questão de tempo. Seu pensamento empreendedor otimista fez a empresária utilizar recursos à palma da mão. “Com um simples celular foi possível demonstrar novas coleções e produtos seja por lives, stories ou vídeos. Então, considero esse período como uma motivação frente à crise, pois carrego sempre o foco na solução”, finalizou.

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