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Comércio paranaense retoma crescimento em julho

Vendas recebem estímulo extra do setor de móveis e decorações e fecham com alta de 4,12%. Programa Minha Casa Melhor já influencia o comércio

13/09/2013

Após queda no mês anterior, o comércio paranaense se recuperou em julho, com aumento de 4,12%, de acordo com a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR). Os setores que puxaram as vendas foram os de autopeças, combustíveis, cine-foto-som, móveis, decorações e utilidades domésticas e materiais de construção. O varejo mantém a média positiva no acumulado do ano, na casa dos 7% acima do mesmo período de 2012.

Como fatores conjunturais positivos para o desempenho verificado, podem ser considerados a continuidade de um contexto econômico de pleno emprego, o reflexo positivo da boa safra, importante para o aquecimento da demanda no comércio em cidades interioranas, e a elevada propensão a consumir das classes D e E, que mesmo apresentando sinais de contenção de despesas ainda continua a comprar.

A elevação de 7,13% no setor de móveis, decorações e utilidades domésticas em comparação com o mês anterior e o acréscimo de 9,15% sobre igual mês de 2012 demonstram que o programa Minha Casa Melhor, lançado pelo Governo Federal para auxiliar os beneficiários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida a mobiliar o novo lar, já influencia o comércio. A linha de crédito especial foi lançada em junho, mas o uso dos cartões começou efetivamente em julho. Os impactos do programa foram sentidos com mais intensidade no interior do Estado. A maior alta ocorreu em Londrina, com 11,13% sobre o mês anterior, seguida por Foz do Iguaçu (10%) e Maringá (6,41%). Na comparação com julho de 2012, o setor de móveis e decorações de Foz do Iguaçu deu um salto de 29,07% e de 22,39% em Londrina.

O bom desempenho em julho não afasta o conjunto de inquietações quanto ao resultado do varejo paranaense esperado para o restante do ano, considerando a inflação acima das previsões oficiais, queda na balança comercial, valorização do dólar que repercute nos preços dos importados, insuficiência de investimentos públicos em infraestrutura no país. Para completar, indicadores atuais demonstram que o PIB não atingirá o crescimento previsto no começo do ano. A combinação dessas variáveis também deve comprometer as vendas de Natal e, como consequência, a geração de empregos no fim do ano, período no qual tradicionalmente ocorre a maior contratação de trabalhadores temporários.

A pesquisa completa, incluindo os dados regionalizados regiões do estado, está disponível neste link.

 

Conjuntural Julho - Variação das vendas

Conjuntural Julho - Evolução das vendas

 

Texto: Karla Santin

Publicado por admin

13/09/2013 às 19:54

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