26/10/2016
A participação do setor privado no debate dos interesses do comércio exterior é indispensável para que órgãos públicos possam desenvolver políticas de atuação que gerem resultados efetivos e competitividade. E um dos desafios dos entes públicos é justamente construir uma pauta com temas horizontalizados, dada a pluralidade de atividades que se enquadram no segmento, principalmente no que tange à área de serviços.
Essa é a opinião de Marcelo Maia, secretário de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que participou, no dia 24 de outubro, da reunião da Câmara Brasileira do Comércio Exterior (CBCex) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada pela entidade no Rio de Janeiro. A diretora de Competitividade e Serviços do ministério, Edna Cesetti, também participou da reunião, que foi conduzida pelo coordenador da Câmara, Rubens Medrano.
O vice-presidente Administrativo da CNC, Darci Piana, participou de todo o encontro. “A Confederação se preocupa com os interesses dos empresário do setor”, afirmou Piana. “Queremos trabalhar junto da CNC da forma mais produtiva possível. No mercado doméstico, o segmento é muito heterogêneo”, disse Maia, saudando a criação da CBCex e fazendo uma introdução aos dados do setor de serviços no Brasil. Segundo ele, o setor responde por mais de 70% do PIB e por 73,4% dos empregos formais. Além disso, recebe aproximadamente 60% do total de investimentos estrangeiros no País. “É importante a iniciativa da Confederação em criar uma Câmara de Comércio Exterior, dada a complexidade da área. Não é um setor que tem, por exemplo, tradição acadêmica, de estudos. Além disso, o comércio entre fronteiras atinge diretamente o varejo”, completou Edna.
Fortalecer a indústria pode gerar diferencial competitivo
Os representantes do MDIC ressaltaram aos membros da CBCex a necessidade de, sobretudo no cenário econômico atual, fortalecer a indústria brasileira para gerar competitividade. Marcelo Maia explicou que, para a indústria, o setor de serviços representa diferenciação de produtos e impacto direto na capacidade de exportação, entre outros pontos. Marcelo Maia afirmou que o comércio exterior de serviços do Brasil tem uma conta estruturalmente deficitária, ocupando o 32º lugar entre os maiores exportadores mundiais e o 19º posto entre os importadores. As exportações de serviços correspondem a 1,9% do PIB brasileiro. “O ambiente de negócios no País compromete a definição de estratégias, devido a questões tributá- rias, trabalhistas e regulatórias”, explicou o secretário. “O comércio, na verdade, é um grande prestador de serviços, pelo valor que agrega aos produtos”, disse Edna Cesetti.
Fonte: CNC
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