NOTÍCIAS

Comércio do Paraná fecha 1º semestre com alta de 7,59% nas vendas

Pesquisa realizada pela Fecomércio PR mostra que o acumulado foi positivo, apesar de junho ter apresentado queda

12/08/2013

O varejo paranaense registrou alta de 7,59% no primeiro semestre do ano, reflexo dos bons resultados obtidos no acumulado de janeiro a junho de 2013 em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o mês de junho apresentou queda de 4,23% nas vendas em relação a maio. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR), que faz o acompanhamento mensal do comércio do estado.

De acordo com Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, já era esperada uma queda nas vendas no mês seguinte ao Dia das Mães, que teve um bom desempenho. “Enquanto maio teve o Dia das Mães, junho foi um mês sem feriados, no qual as datas comemorativas estiveram circunscritas às festas juninas que, no Paraná, têm menor dimensão do que nos estados do Nordeste do país”, justifica.

Na comparação com o mesmo mês de 2012, junho obteve aumento de 2,83%. Os setores que apresentaram os melhores resultados com relação a junho passado foram os de óticas (12,85%), móveis, decorações e utilidades domésticas (11,50%) e livrarias e papelarias (7,17%).

Podem ser consideradas como variáveis conjunturais importantes para o desempenho verificado, o contexto econômico de pleno emprego, os impactos do bom desempenho do agronegócio, que contribui no aquecimento da demanda sobre o comércio em cidades interioranas e a ocorrência de liquidações de outono-inverno nas lojas de vestuário, calçados e tecidos.

As manifestações populares realizadas em quase todos os grandes centros populacionais do país e em muitas cidades do Paraná forçaram o comércio a antecipar o fechamento, o que levou a contenção das vendas. Houve, em decorrência das manifestações, danos a lojas e a bens públicos.

Por outro lado, a intensificação de limitações econômicas específicas no primeiro semestre produziu desajustes econômicos e justificam a adoção de providências pelo governo. Podem ser mencionados como desajustes a alta da taxa de juros Selic visando conter a inflação, que foi maior do que no primeiro semestre de 2012, o PIB abaixo do esperado e a valorização do dólar.

“A dependência externa, numa economia que importa de 20% a 23% de produtos manufaturados, cujos preços subiram em função do dólar caro, elevou os gastos com as importações. Isso contribuiu não só para aquecer a inflação, mas desequilibrou a balança comercial brasileira, que está negativa em quase US$ 5 bilhões”, explica Piana. A valorização do dólar sobre o real não foi suficiente para incentivar vendas externas. De um lado, as exportações se concentram em commodities de baixo valor agregado e, por outro, os bens de alta e média tecnologia têm reduzida presença na pauta de exportações. Para completar, associam-se ao contexto as dificuldades nas exportações, a crise em economias desenvolvidas e países do euro, bloqueios da Argentina a produtos brasileiros, a debilidade do Mercosul e custos não competitivos dos manufaturados nacionais.

Até então, a economia brasileira ancorava-se no poder de compra do consumidor, especialmente na classe C. Nos últimos meses verifica-se um esgotamento da capacidade de endividamento do consumidor, que já comprometeu sua renda em compromissos financeiros, o que impede novas compras e financiamentos.

Click aqui e veja a pesquisa completa, incluindo os dados das regiões do estado.

Assessoria de Imprensa:
Karla Santin – karla@pr.senac.br
Fone: (41) 3304-2072 | 9159-8350

 

 

 

Publicado por admin

12/08/2013 às 13:24

Veja também
©2024 • Fecomércio PR. Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência na navegação, bem como auxiliar nossa capacidade de fornecer feedback, analisar o uso do nosso site e ajudar a fornecer informações promocionais sobre nossos serviços e produtos. Para mais informações, por favor visite nossa Política de Privacidade.