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CNC reduz para 5,3% estimativa de crescimento do varejo em 2020

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) reduziu a expectativa das vendas no varejo ampliado, em 2020, de +5,4% para +5,3%.

13/02/2020

A Confederação Nacional do
Comércio de Bens Serviços e Turismo
(CNC) reduziu a expectativa
das vendas no varejo ampliado, em
2020, de +5,4% para +5,3%. Já no
varejo restrito – que exclui os ramos
automotivo e de materiais construção
–, o indicativo é de alta de 3,5%.
As projeções tiveram como base os
dados da Pesquisa Mensal de Comércio
(PMC) de dezembro, divulgada
nesta quarta-feira (12) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).

Para o economista da CNC responsável
pela análise, Fabio Bentes,
as vendas neste ano deverão manter
a atual tendência de alta, ancoradas
no Produto Interno Bruto (PIB) e nos
indicadores que medem o consumo
das famílias. “Fatores como a permanência
da inflação baixa e a expectativa
de que a taxa básica de juros seja
mantida no piso histórico fazem com
que esperemos um maior ritmo de atividade
econômica em 2020”, afirma.

Crescimento em 2019
De acordo com a PMC, o volume de
vendas do varejo acumulou alta de 1,8%
em 2019, chegando ao terceiro resultado
anual positivo do setor após as perdas
significativas decorrentes da recessão
encerrada em 2017. No conceito ampliado,
também foi registrada a terceira alta
seguida: +3,9% em relação a 2018. Para
Bentes, a evolução real das vendas confirmou
o processo de recuperação do
varejo em 2019, tendência reforçada
pela retomada do emprego formal no
setor, no ano passado (+111 mil vagas).
Apesar disso, o economista da CNC
chama a atenção para o fato de que,
mesmo com a reação do consumo nos
últimos anos, o atual volume de vendas
do varejo ainda se encontra 6,5% abaixo
daquele registrado às vésperas da recessão
em novembro de 2014: “O setor deverá
superar plenamente a crise somente
no início de 2021”.

Entre os dez segmentos pesquisados,
destacaram-se positivamente
o comércio automotivo (+10,0%); as
farmácias, perfumarias e cosméticos
(+6,8%); e as lojas de utilidades domésticas
(+6,0%). As vendas reais dos
ramos de móveis e eletrodomésticos
(+3,6%) e de materiais de construção
(+4,3%), com ritmos de expansão acima
da média, também ajudaram a impulsionar
as vendas no ano passado.

O destaque negativo ficou por conta
do segmento de livrarias e papelarias
que, ao sofrer retração de 20,7%, registrou
seu pior resultado anual na série
histórica, iniciada há 16 anos.

Segundo Bentes, por trás dos bons
resultados de 2019, há ainda a contribuição
positiva do comportamento da
inflação. No acumulado do ano passado,
os preços dos bens de consumo
duráveis se mantiveram estáveis em
relação a 2018, bem como os bens semiduráveis
registraram a menor taxa
de inflação anual (+0,6%) desde 1998
(-1,0%). “Claramente, a predominância
dos segmentos mais demandantes do
crédito como indutor do consumo decorreu
da maior expansão de crédito
dos últimos oito anos”, acrescentou o
economista da Confederação.

Publicado por Silvia Bocchese de Lima

13/02/2020 às 12:05

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