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China, a transformação digital no varejo é tema de webinar

A Fecomércio PR, em parceria com o Sebrae PR realizou ontem (11) o Webinar Varejo Digital, com o tema “China, a transformação digital no varejo”. O debate contou com a participação do engenheiro, empresário e presidente do Conselho de Administração do Sicoob Metropolitano, Luiz Ajita, e da empresária e especialista em processos chineses de inovação tecnológica e transformação digital, Caroline Zurakowski; e foi mediado por Erica Cristina Sanches, do Sebrae PR.

12/08/2020

A Fecomércio PR, em parceria com o Sebrae PR realizou ontem (11) o Webinar Varejo Digital, com o tema “China, a transformação digital no varejo”. O debate contou com a participação do engenheiro, empresário e presidente do Conselho de Administração do Sicoob Metropolitano, Luiz Ajita, e da empresária e especialista em processos chineses de inovação tecnológica e transformação digital, Caroline Zurakowski; e foi mediado por Erica Cristina Sanches, do Sebrae PR. A transmissão pela página do Sebrae PR no Youtube foi gratuita ao público.

A live abordou temas como New Retail – um conceito além de agregar diferentes canais de venda em uma plataforma tecnológica -, empresas chinesas de market place, e social score, uma espécie de crédito social digital. “Costumo dizer que se a experiência do consumidor está melhorando é New Retail. Em contrapartida, o comércio digital também precisa desempenhar. Trazer seus clientes do simples ato da compra ao entretenimento. Uma tendência hoje é o consumo em coprodução, de maneira interativa, por meio de um marketing que estabeleça diálogo contínuo e interativo”, pontuou Caroline.

Ajita contou suas experiências com a tecnologia do comércio chinês, vivenciadas quando foi ao fim do ano passado àquele país, um dos mais inovadores do mundo. “A personalização sempre custou caro. Hoje a China tem condições de praticar essa tendência e ainda baixar custos. Também trabalham sob o conceito de que conexão não é só tecnologia, mas sim emocional, pois precisamos atingir os corações do cliente”.

Direto de Xangai

Vivendo em Xangai há dois anos, Caroline inicialmente pesquisou sobre o relacionamento entre EUA e China, enquanto potências de disputa pela liderança. Mudou de país para conhecer o idioma e as empresas e hoje também se tornou empresária. “Percebi que a customização individual e ao mesmo tempo em massa possibilita a experiência de compra integrada e personalizada. Na China, o cliente está no centro das operações. As empresas necessitam saber quem ele é e onde ele está. Então, a aposta é tratar a venda não mais como uma transação monetária, mas como uma diversão ao cliente”, comenta.

Para isso, ela aconselha que os empresários devem estar atentos a tornar suas interfaces dinâmicas e interativas em ambientes virtuais e físicos. O vendedor deve ser uma espécie de consultor, trabalhar ao serviço do cliente com o apoio da tecnologia e do marketing digital. Assim, consegue analisar dados e atuar de forma próxima ao cliente satisfazendo seus desejos.

Novas plataformas

As plataformas de maketplace também são importantes tendências. “Quando falamos em inovação não é só tecnologia, pois o inovador está na execução e na estrutura oferecida. A China é exemplo de experiência com o usuário. Ela os conhece, sabe que são exigentes, adoram pesquisar e ver empresas competindo por sua fidelidade. A emergência digital na China trouxe mais de um bilhão de pessoas a esta modalidade de consumo. A estratégia foi investir em smartphones baratos como canais de facilitação de acesso à compra”, relata.

O conteúdo fragmentário online à palma da mão atinge ampla penetração e explode a popularidade do comércio eletrônico chinês, alterando totalmente os hábitos de consumo. Com a esfera digital mais robusta, muitas empresas pularam etapas dos avanços de lojas físicas e partiram direto para plataformas de grandes marcas. Os diversos eventos do calendário online chinês, a exemplo da Black Friday também são agentes impulsionadores de compras. Para tudo isso funcionar, as redes logísticas amadureceram, o envio teve de ser seguro, confiável, eficiente e de baixo custo.

Os pagamentos

Os pagamentos tornaram-se mais práticos, por meio de carteiras digitais. “Não vemos muito dinheiro de papel e cartão de crédito por aqui. A maioria das compras ocorre sem atritos, por reconhecimento facial ou QR Code ou aplicativos”, conta Caroline. Ajita comentou que essa tendência no Brasil vem eliminar as maquinetas de balcão e as altas taxas de administração pagas pelo empresário.

Na era em que os dados do cliente são a nova fonte de riqueza, os investimentos em social media são intensos. Ao alimentarem bases de inteligência artificial, estes dados são ferramentas aos empresários. Pelas redes sociais digitais, podem ocorrer ofertas personalizadas e impulsionar vendas. Os vídeos curtos, interativos e a gamificação complementam as apostas da dinâmica do varejo chinês.

Publicado por Isabela Mattiolli

12/08/2020 às 15:10

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