01/07/2019
As mudanças são significativas. O primeiro fator se dá pela forma como
o consumidor tem acesso à informação. Se antes ele era impactado
principalmente pela propaganda em TV, rádio e jornal, hoje ele recebe as
informações por via digital, mesmo que vá consumar sua compra fisicamente,
comparecendo a uma loja, escritório, hotel ou restaurante.
O Senac Paraná, até três anos atrás fazia propaganda em jornal, distribuía
panfletos e usava pouco as mídias digitais. Uma pesquisa mostrou
que os potenciais alunos não liam nem viam outras mídias que não as
virtuais.
Optou-se então por focar na informação digital. E ela vem mudando.
Em 2017, os acessos eram feitos via computador de mesa, os desktops,
em 70% dos casos. Os telefones celulares, ou seja, a informação mobile,
era responsável por 30% dos contatos. No ano passado a proporção alterou-
se: 40% por computadores de mesa e 60% via mobile.
Este ano, o acesso às informações do Senac já chegam aos alunos 80%
via telefone celular. Ele é o veículo que traz a informação.
Outro fator a considerar é o crescimento exponencial do e-commerce,
com lojas virtuais atendendo a um mercado global. Isso obrigou o varejo
físico a se reinventar, porque os clientes buscam toda e qualquer
informação sobre o que querem comprar.
O consumidor de hoje conhece preços, fiscaliza as datas de validade, sopesa
vantagens e desvantagens antes de colocar o produto no carrinho.
A venda até pode ser física, mas a informação é virtual.
Os registros fiscais eletrônicos possuem múltiplas utilidades, inclusive
permitindo que você digite seu CPF e ganhe prêmios. Isso aumentou a
capacidade de arrecadação do estado e inibiu a sonegação.
Mais ainda, o computador do comerciante captura seus dados e passa a
deter informações sobre seus gostos pessoais, seu histórico de compras e
sobre a constância de suas compras e a época em que elas mais ocorrem.
Com tantas inovações, as competências da força de trabalho também
vêm mudando – em velocidades assustadoras. Nos próximos 20 anos,
50% das atuais profissões não existirão mais. Em 40 anos, é possível que
80% das atuais competências sejam peças de museu.
E qual são as tendências para o futuro?
Em primeiro lugar, a cada vez maior popularização dos aplicativos.
Nossos telefones são conter aplicativos para tudo.
Em segundo lugar, produtos feitos sob medida às necessidades e desejos
dos clientes.
A produção em impressoras 3D torna-se comum, permitindo produzir
fisicamente o que a mente projetou.
As vitrines virtuais, em que você escolhe o produto que não se encontra
ali é uma tendência, assim como os provadores virtuais. Ambos dispensam
o vendedor. É um processo em que o consumidor e seu cartão de
crédito interagem com a vitrine e com produtos virtuais.
Câmeras de reconhecimento facial serão cada vez mais comuns. Seremos
identificados a cada vez que entrarmos em uma loja, atendidos pelo
nome e o vendedor já saberá nossas preferências.
Também serão utilizados sensores de movimento, em que sua movimentação na loja será monitorada e o computador irá saber o que mais você
procurou, definindo suas preferências, e se encontrou o que queria ou não.
As máquinas de inteligência artificial vão identificar produtos que não
vendem e propor novas soluções.
Na questão dos transportes, além dos veículos conectados e os autônomos,
não podemos esquecer a entrada agressiva no mercado dos transportes
por aplicativo e a tendência de uso de bikes e patinetes acessadas
também por aplicativo. Em um mundo cada vez mais sustentável, essas
inovações tendem a aumentar.
Tudo isso a Fecomércio Paraná, em parceria com o Sebrae, já oferece às
empresas filiadas aos nossos sindicatos. É o programa Varejo Mais em
Ação Digital, com cursos realizados em mais de 20 cidades paranaenses
durante este ano.
Novos parâmetros estão por vir e vou citar os Sete Principais, tanto no
comércio como na vida em geral:
1. As moedas eletrônicas, os
bitcoins, devem ganhar espaço
nas transações comerciais
e se tornarem usuais;
2. Respeito total ao consumidor.
Qualquer atitude fora
disso representará uma possibilidade
de enfrentar uma
rebelião de outros consumidores,
ativados por redes
sociais;
3. Preponderância das redes
sociais como formadoras de
opinião e de reivindicação;
4. As exigências de políticas
limpas serão muito maiores.
Produtos certificados, que
respeitem o meio ambiente,
terão preferência;
5. Matrizes energéticas ambientalmente
corretas;
6. Aumento exponencial na
produtividade agrícola, permitindo
a entrada no mercado
de novos produtos oriundos
do agronegócio;
7. Preponderância de aspectos
como segurança, empatia
e conforto nas tomadas
de decisão por parte dos cidadãos.
Darci Piana
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR
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