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A beleza de empreender

Fundadora do Clube da Alice, Monica Balestieri Berlitz transformou um grupo de amigas em rede de apoio para empreendedoras.

30/03/2020

Ana Clara Colemonts

 

Entusiasmo e criatividade
para explorar novos caminhos.
Essas são impressões
que ficaram durante
o encontro com Monica Balestieri
Berlitz. Empresária, fotógrafa,
produtora cultural, comunicadora
e fundadora do Clube da Alice,
Monica atua promovendo a
autonomia de outras mulheres,
mostrando que o incentivo é o primeiro
passo que muitas empreendedoras
precisam para alavancar
seus negócios.

Fundadora do Clube da Alice, Monica Balestieri Berlitz (Crédito Imagem: Ivo Lima)

Uma das primeiras paixões de Monica
foi a fotografia, que começou
a estudar na adolescência. Quis
cursar Jornalismo, começou a fazer
Ciência da Computação, desistiu
e mudou para Administração
de Empresas na FAE. Durante a
faculdade ela teve seu primeiro
contato com o empreendedorismo.
Foi franqueada, em conjunto
com sua mãe, vendendo produtos
de estética e beleza em três lojas.
Foram 15 anos trabalhando na
área. Decidiu voltar para a fotografia
e percebeu nas redes sociais
uma oportunidade para propagar
seu trabalho.

Criou uma revista digital para divulgação
do trabalho de outros a publicação comercialmente,
criando parcerias com lojas para
oferecer desconto às leitoras. Começou
a divulgar o conteúdo da
revista em um grupo nas redes
sociais, para criar uma rede de relacionamento
entre os membros,
mas não teve sucesso. Com sua
amiga Ivy Lemes criou um grupo
próprio, em que tivesse mais autonomia.
Foi criado assim o Clube da Alice,
que tinha o objetivo de divulgar a
revista e trazer conteúdo exclusivo
por mulheres de diferentes áreas
do mercado de trabalho.

Monica Balestieri Berlitz (Crédito Imagem: Ivo Lima)

Inicialmente com
11 pessoas, o grupo se
transformou em um
espaço de incentivo ao
empreendedorismo feminino,
para anunciar
produtos e serviços e
promover discussões
sobre negócios. No primeiro
fim de semana,
havia duas mil mulheres
no grupo. Para ela,
o crescimento rápido
aconteceu devido ao
engajamento das integrantes,
que começaram
a se chamar de “Alices”.

Criado em 2014, atualmente
são mais de 556
mil participantes.
Sobre o sucesso da
iniciativa, ela comenta
que a grande adesão
se deu pela crise
econômica. Com um
índice elevado de desemprego,
as mulheres
buscavam uma chance
de gerar renda extra.
“No grupo, elas viram
a vitrine para mostrar
o produto que elas faziam
em casa”, afirma.

Com o sucesso do Clube, as idealizadoras
do grupo começaram a
explorar outras plataformas para
divulgar conteúdo. Durante dois
anos tiveram uma coluna na Gazeta
do Povo, chamada Palpites de
Alice (que foi o nome da revista
digital), transmitiam uma rádio
online e já tiveram uma loja física
no Shopping Müeller.

Também durante dois anos “O
Clube da Alice Lounge” funcionou
como um espaço colaborativo
para as integrantes do grupo.
Inicialmente, a ideia era trazer as
mercadorias das mulheres à loja,
como uma primeira experiência.
A cada semana, diferentes empreendedoras
participavam expondo
diversos produtos. A ação conquistou
o primeiro lugar na categoria
Campanhas Institucionais
do Prêmio Abrasce 2017.

Em sua trajetória no Clube, Monica
reparou que muitas empreendedoras
não obtinham sucesso por
falta de instrução. “Eu me sentia
muito frustrada em perceber que,
por mais que a gente ajudasse a
divulgar, sem conhecimento os
negócios acabavam morrendo”,
enfatizou. A partir dessa necessidade,
o grupo começou a realizar
diversas ações de qualificação.Um delas é a parceria com o Vale
do Pinhão, em que as Alices terão
conteúdo exclusivo em cursos de
negócios e finanças. Um dos próximos
passos é a criação de um
coworking, voltado para treinamentos
às empreendedoras. Ela é uma
das madrinhas do programa Banco
da Mulher Paranaense, atuando
na mentoria do programa.

Um dos projetos pessoais que
ela adotou foi o samba. Monica
participa da escola de samba
Enamorados de Samba desde seu
surgimento. A escola foi campeã
do carnaval curitibano deste ano.
Ela conta que as Alices também
abraçaram o projeto, participando
como voluntárias na confecção de
fantasias.

Ao ser questionada sobre o seu
tempo livre, Monica declara que
o Clube domina sua vida. Mesmo
com uma rotina muito corrida,
a empresária afirma que sempre
quis produzir um musical, mas esses
são planos futuros.

 

Publicado por Silvia Bocchese de Lima

30/03/2020 às 13:47

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