19/11/2024
Os trabalhadores com carteira assinada no Paraná aguardam, com expectativa, o recebimento da primeira parcela do 13º salário, que será paga nos próximos dias. No entanto, o rendimento extra será mais direcionado para poupança e pagamento de dívidas do que para consumo imediato. Uma sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), em parceria com o Sebrae/PR, mostra que 39,4% dos paranaenses planejam poupar ou investir o valor.
Nos municípios da região de Guarapuava e Ponta Grossa, a prioridade também será fazer uma reserva ou investimento financeiro, com 39,3%. Outra destinação do valor serão viagens e turismo, com 21,5%, um dos maiores usos do valor para essa finalidade no estado. O pagamento de dívidas vem na sequência, com 19,6% das respostas, bem como o pagamento de impostos e taxas, com 16,8%.
Somente após essas prioridades é que os trabalhadores da região Central do estado devem gastar o abono com presentes, representando 15% das intenções. Reformas e construções, tradicionais nessa época do ano, são pouco citadas, com apenas 1,9% dos entrevistados planejando usar o 13º para esse fim.
Para o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, os dados refletem o comportamento consciente dos trabalhadores paranaenses, que priorizam a organização financeira e o uso estratégico do abono. “No Paraná, o destino do 13º salário será principalmente para reserva, investimento e pagamento de dívidas, que podem ser relativas a vencimentos futuros ou contas atrasadas. Embora boa parte do valor seja destinada a compromissos financeiros, este volume extra de recursos nas mãos dos consumidores também repercute positivamente no comércio de bens, serviços e turismo, especialmente em itens como presentes e viagens”, avalia.
Com relação ao destino do 13º salário, a coordenadora de Comércio e Serviços do Sebrae/PR, Suelen Pedroso, aponta que os paranaenses tiveram uma mudança no comportamento. “No ano passado foi um recurso utilizado mais para cobrir dívidas e, agora, vemos uma preocupação maior em ter uma reserva ou até investir. As viagens também ganharam espaço e indica uma oportunidade para o setor de turismo. Além disso, é necessário prestar atenção às nuances do perfil de compra dos consumidores, uma vez que é possível dar ênfase nas estratégias”, completa.
Análise por gênero
A pesquisa também revela diferenças nos objetivos de homens e mulheres residentes na região Central. Entre os homens, 42,1% vão poupar ou investir o 13º, enquanto entre as mulheres essa parcela é de 37,7%.
As mulheres se destacam no uso do valor para viagens e turismo, com 26,1% ante 13,2% entre os homens, e no pagamento de dívidas, com 23,2% ante 13,2% entre os homens.
Por outro lado, os homens são os que mais vão utilizar o abono para pagamento de impostos e taxas, com 23,7% ante 13% das mulheres, e para a compra de presentes, com 18,4% ante 13% das entrevistadas.
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