22/11/2022
A primeira parcela do 13º salário será paga até o próximo dia 30 de novembro. E a segunda, até 20 de dezembro, trazendo injeção de recursos extras para a população. No Paraná, estado com maior parcela de endividados do país, o destino prioritário da gratificação de fim de ano será o pagamento de dívidas. Segundo sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e do Sebrae/PR, 46,6% dos paranaenses vão utilizar o 13º para pagar dívidas. O volume é superior aos 43,5% registrados no ano passado, bem como aos 36% de assalariados ouvidos em 2020 que afirmavam que quitariam seus débitos.
O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, observa que o pagamento do 13º salário deve injetar R$ 15 bilhões na economia paranaense, conforme projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
“Pela pesquisa da Fecomércio PR e Sebrae/PR, no Paraná, esse montante será utilizado principalmente para a quitação de dívidas, tendência que se ampliou com relação ao ano passado, e como segunda opção a realização de investimento e reserva financeira, seguido pela compra de presentes e viagens e turismo. O benefício, além do impacto pessoal, gera um efeito positivo para o comércio, que neste ano tem uma alavanca extra em função da realização da Copa do Mundo, além da Black Friday e Natal”, pontua.
Outra utilização do 13º salário será para fazer uma reserva ou investimento financeiro para 35,8% da população ouvida. No ano passado, a proporção de quem colocaria o valor na poupança ou em investimentos era maior, de 42,3% e em 2020, de 47,8%.
A compra de presentes com o dinheiro extra a ser recebido será a opção de 16,2% dos paranaenses, sendo que no ano passado 30,1% afirmavam que fariam isso. Na sequência, foram citadas viagens e turismo, com também 16,2%.
Apenas 3,9% utilizarão o 13º para pagar impostos e taxas, ante 28% em 2021 e 18,8% em 2020.
Para o consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, o comércio e o varejo devem notar uma queda na utilização do benefício para novas aquisições. Porém, os setores devem se preparar para as festas de fim de ano, um dos períodos com maior fluxo de compras.
“É possível notar que o uso do 13º para pagamentos de impostos e taxas diminuiu, consideravelmente, em comparação com 2021. Um dos fatores pode ser o melhor preparo da população prevendo os gastos desse momento. Tendo conhecimento de como foi no passado, é possível utilizar parte do valor recebido em presentes ou mesmo em viagens e turismo, área que ficou adormecida em anos anteriores e que está em alta nesse momento”, afirma.
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