13/12/2024
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país, registrou alta de 0,39% em novembro, tanto no Brasil quanto em Curitiba e Região Metropolitana (RMC). A elevação foi impulsionada, principalmente, pelos grupos alimentação no domicílio e despesas pessoais. No Brasil, a alta de 1,55% nos alimentos foi puxada pelo aumento de 8,02% no preço da carne, enquanto as despesas pessoais subiram 1,43%, influenciadas pelo reajuste de 14,91% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicado aos cigarros.
O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, explica que a depreciação cambial recente tem contribuído para a pressão inflacionária, tanto nacionalmente quanto na capital paranaense. “Os reflexos da variabilidade cambial e das condições climáticas adversas, como chuvas intensas e estiagens, estão evidentes no comportamento dos preços”, destaca Dezordi.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou inflação de 4,87% no Brasil, enquanto em Curitiba e RMC o índice foi de 4,22%. O percentual brasileiro ultrapassou o limite máximo da meta de inflação, estipulada em 4,50% pelo Conselho Monetário Nacional.
No entanto, o comportamento dos alimentos in natura apresenta diferenças regionais. Enquanto no Brasil houve queda acumulada de 3,86% nesses itens nos últimos 12 meses, Curitiba registrou elevação de 7,89%. “As condições de oferta e demanda começam a se restabelecer após os impactos das chuvas do ano passado, mas há preocupação com os efeitos da estiagem e queimadas em grandes regiões produtoras”, alerta Dezordi.
Maiores altas e quedas – Novembro
Em Curitiba e RMC, os itens com maior aumento no mês de novembro foram passagem aérea (30,45%), patinho (12,43%), óleo de soja (12,31%), carne de porco (10,05%) e cigarro (9,74%). Já as maiores quedas foram registradas em produtos como pepino (-25,77%), manga (-14,95%), tomate (-6,96%) e energia elétrica (-6,43%). “Depois de sucessivas altas no início do ano, o preço de tubérculos, raízes e legumes continua a cair em Curitiba”, destaca o assessor econômico. “Com a mudança da bandeira vermelha para a amarela, a tarifa de energia elétrica caiu, em novembro”, acrescenta Dezordi.
Maiores altas e quedas – Acumulado do ano
Os efeitos da estiagem têm sido perceptíveis nos alimentos no acumulado do ano, sobretudo em itens como tangerina (67,14%), café moído (36%), laranja-pera (29%) e azeite de oliva (28,71%), que lideraram as altas de preços em Curitiba. Para os próximos meses, espera-se que o preço das carnes continue em alta, influenciado pelas condições climáticas e pelo impacto cambial.
Por outro lado, produtos como pepino (-29,81%), passagem aérea (-29,26%), cenoura (-29,13%), cebola (-28,47%), tomate (-28,06%) e tubérculos, raízes e legumes (-15,85%) tiveram as maiores quedas no acumulado do ano.
Maiores altas e quedas – 12 meses
Nos últimos 12 meses, itens como tangerina (83,64%), café moído (33,95%) e batata-inglesa (24,26%) apresentaram aumento expressivo em Curitiba e RMC, enquanto cebola (-28,90%), passagens aéreas (-26,39%), cenoura (-24,45%), tomate (-19,40%), gás encanado (-12,31%) e pacote turístico (-10,11%) lideraram as quedas.
Karla Santin – jornalismo@fecomerciopr.com.br | (41) 3883-4530 – WhatsApp (41) 99236-3335
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