Ontem (9), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná sediou o encontro dos dirigentes das Centrais de Abastecimento que integram a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abrasen) e a Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entreposto de Abastecimento (Brastece). 

O evento foi organizado pela Ceasa Paraná, que é vinculada ao sistema da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A abertura contou com a presença do diretor-presidente da Ceasa Paraná e atual vice-presidente da Abracen, Éder Eduardo Bublitz; do presidente da Brastece, Waldir de Lemos; e do presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná (Sindaruc), Paulo Salesbram. 

O objetivo do encontro, que reúne cerca de 60 pessoas, é de melhorar ainda mais as atividades do comércio atacadista de hortigranjeiros. “Precisamos olhar as Ceasas e entender o que é uma Central de Abastecimento. O diálogo entre as entidades envolvidas é o primeiro passo para o desenvolvimento das centrais. Aqui no Paraná é muito visível esse diálogo entre a Ceasa e o Sindaruc, é um exemplo a ser seguido em todo o país”, ressaltou o presidente da Brastece. 

Salesbram explicou porque a Fecomércio sediou o encontro e ainda ressaltou a sinergia entre o Sindaruc e a Ceasa do Paraná. “Além de conhecermos mais sobre o trabalho dos outros estados, esse encontro possibilitou a apresentação do trabalho da Fecomércio no Paraná, nem todos os estados têm esse envolvimento. Nesse setor existe uma briga ferrenha entre diretores sindicais e da Ceasa, muitas vezes é uma nomeação por indicação e isso não quer dizer que entendam o que é melhor para os Ceasas e os permissionários. Aqui no Paraná temos um ótimo relacionamento, devido à atuação do presidente Piana, que possibilitou aos permissionários realizarem a indicação do presidente da Central e com isso temos uma maior facilidade de diálogo”. 

Como parte da programação o presidente da Ceasa Paraná apresentou os trabalhos desenvolvidos no estado. Na sequência, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, que já foi diretor-geral da Ceasa, falou sobre sua experiência e como Curitiba trabalha para o desenvolvimento do Agronegócio. “Tive a oportunidade de dirigir a Ceasa do Paraná e foi uma das melhores experiências que tive na vida, foi uma escola. Na época cuidei do Banco de Alimentos e que agora foi ainda mais potencializado graças ao trabalho do governo estadual. Na prefeitura de Curitiba desenvolvemos as hortas urbanas, hoje já são mais de 100 espalhadas pela cidade e beneficiam diretamente as comunidades mais carentes”, disse Pimentel. 

No período da tarde, o grupo participou de apresentações da Ceasa do Paraná e de Minas Gerais, além de uma apresentação técnica da Conab.  

Na sequência, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, fez uma apresentação sobre o Programa de Agricultura do Paraná e suas diretrizes. “Somos pequenos em tamanho, mas temos uma diversidade importante quando falamos em agro”, iniciou. Ele trouxe os destaques de produção do estado e apontou quatro fatores determinantes para a chamada 3ª Revolução Agrícola que estamos vivendo: bioinsumo, genômica, digitalização e automação dos processos. “Temos orgulho de ser agro, porque é o nosso ganha-pão. Representamos 35% do PIB do nosso estado e isso precisa ser valorizado, sempre com a perspectiva de fazer mais e melhor com menos recursos”, pontuou.  

A última parte da programação incluiu uma fala do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e vice-governador do estado, Darci Piana. O dirigente falou sobre o trabalho realizado pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR ao longo dos 16 anos que está à frente como presidente, e sobre os investimentos que o Governo do estado tem feito para os paranaenses, de recursos próprios e da iniciativa privada.  

Piana lembrou sobre o processo licitatório feito recentemente da Ceasa Paraná, que vai garantir um período de 25 anos, disponibilizando lotes com boxes para as atividades de comércio atacadista de hortigranjeiros e atípicos em geral, distribuídos em oito pavilhões da unidade, uma pauta defendida amplamente tanto pelo governo como pelas entidades do setor produtivo. “A gente faz um esforço grande para fazer nosso papel como governo e como instituição, para funcionar da melhor maneira possível. Daqui dois anos vamos superar todas as dificuldades que temos e transformar esse Ceasa, sempre pensando na profissionalização para driblar as dificuldades”, pontuou. 

Texto: Fernanda Ziegmann