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Aprendizes da nova economia

Presidente do Simaco apresenta perspectivas do setor de material de construção

25/03/2021

Texto: Silvia Bocchese de Lima | Foto: Wilson JR

 

O setor de varejo de material de construção
– estabelecido por
decreto federal como
atividade essencial da economia
– teve aumento exponencial de
vendas no ano passado. O vírus
que paralisou o mundo em 2020
provocou mudanças significativas.
O preço de produtos como aço,
tijolos, fios elétricos tiveram aumentos substanciais, chegando a
mais de 100% de acréscimo desde
o início da pandemia.

Presidente do Simaco, Sigismundo Mazurek

DEMANDA X PROCURA

A transferência do ambiente de
trabalho para os lares demandou
adaptações, ampliações e um despertar para necessidades que antes
não eram vistas ou sentidas. “O
trabalho home office fez com que
as pessoas percebessem necessidades de adaptações dos espaços, de
reformas e construção. A explosão
de demanda resultou em falta de
material de construção no mercado e os custos de muitos produtos
subiram em mais de 100%”, revela
o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de
Materiais de Construção (Simaco
Paraná), Sigismundo Mazurek.

O crescimento do setor no Paraná,
que hoje conta com mais de oito
mil empresas e emprega em torno
de 70 mil trabalhadores, evidenciou-se com o aporte no estado de
mais de R$ 12,7 bilhões pelo Auxílio Emergencial, segundo dados
do Portal da Transparência. “A
entrada deste dinheiro não era esperada; também o governo federal
autorizou a antecipação do pagamento do 13º salário de aposentados já em abril, maio e junho,
o que possibilitou o aumento de
consumo não apenas de material
de construção como também do
setor têxtil, de móveis, autopeças,
supermercados e de farmácias,
como mostra a Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR”, conta.

Mazurek também avalia o cenário
da construção civil como positivo
“em função da Caixa Econômica
Federal oferecer financiamento
imobiliário a juros muito baixos,
em torno de 6,5% ao ano, como
não se via há muito tempo”.

PERSPECTIVAS

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção
(Abramat) projeta para 2021 um
crescimento de 4% no setor. O
Banco Mundial estima uma alta
de 3% no PIB brasileiro e, com
a taxa de juros Selic em mínima
histórica, Industria (CNI), é que
o setor tenha um dos melhores
anos na construção civil. Segundo Mazurek, isso impacta diretamente e positivamente no varejo.

“Todos os fatores que não conhecíamos e impactaram nossos negócios e vidas nos fizeram aprender
sobre esta nova economia”.

NECESSIDADES

Um dos entraves do setor é o engessamento na área tributária. “É essencial a reforma tributária, que facilitará, principalmente, o trabalho
das médias e pequenas empresas. A
demora emperra o setor produtivo.
Cada vez mais é necessária determinação, esforço e vontade para empreender no Brasil”, avalia.

Serviço:

SIMACO PARANÁ – Sindicato
Intermunicipal do Comércio Varejista
de Materiais de Construção no Estado
do Paraná.

Avenida Cândido de Abreu, 427 – 15º andar – Sala 1509
Curitiba – PR – (41) 3018-4529

Publicado por Silvia Bocchese de Lima

25/03/2021 às 15:43

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