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A pandemia não acelerou o futuro do varejo

Com mais um tema pertinente aos empresários do comércio, a live Varejo Digital “A pandemia não acelerou o futuro do Varejo” foi transmitida ontem (29), às 17h. A iniciativa é do Sebrae PR em parceria com a Fecomércio PR.

29/07/2020

Com mais um tema pertinente aos empresários do comércio, a live Varejo Digital “A pandemia não acelerou o futuro do Varejo” foi transmitida ontem (29), às 17h. A iniciativa é do Sebrae PR em parceria com a Fecomércio PR. O convidado foi o especialista em Varejo e Co-founder da Credere e Hairsize, Fred Alecrim; com mediação do coordenador Estadual de Mercado e Varejo do Sebrae PR, Lucas Hahn.

Para Alecrim, este período não trouxe aceleração ao futuro, mas sim importantes atualizações para o empresário, como o varejo digital. “Nos atualizamos de um passado para o presente. Quem acreditava que seu modelo de negócio não precisava evoluir, foi forçado a se resgatar do passado”, explicou.

O empresário relembrou que muitas temáticas digitais já eram tendências há 10 anos, como os novos modelos de gestão e a digitalização dos negócios. Entre as datas marcantes citou que em 2010 iniciou-se a era das redes sociais, em 2011 a “loja fora da loja”, ou seja, o período de ir até onde o cliente está, em 2012 as carteiras digitais – como o paypal, por exemplo -, 2013 o fortalecimento do e-commerce, 2014 novas experiências do cliente, 2015 substituição dos caixas eletrônicos pelos pagamentos por celular e a chegada do “phigital” – um híbrido entre o físico com o digital. Em 2017, a frase “os dados são o novo petróleo, para ser valioso tem que ser refinado”, apontou para a importância das informações para a segmentação de público, em 2018 a chegada das start ups, originadas a gerar inovações para as empresas continuarem relevantes aos clientes. Por fim, a chegada da automação nos estabelecimentos em 2019, e o início do renascimento das lojas físicas, em 2020, interrompido pela pandemia.

“Há empresas que não evoluíram seus próprios sites, não conquistaram presença digital, então elas estão atrasadas 10 anos. Acredito que a pandemia fortaleceu as pendências e não tendências. É preciso verificar que o digital não matou o mundo físico, mas que eles precisam conviver”, apontou Alecrim.

Por isso, acredita que após esse período, as pessoas voltarão consumir em lojas físicas, não da mesma maneira ou quantidade que antes, e por isso, as lojas precisam ser repensadas. Para ele, quem entregar com melhor qualidade e menor tempo será destaque.

Migração digital

Pesquisa nacional realizada pelo Sebrae com empresários em abril deste ano apontou que 50% deles afirmaram não conseguir vender de forma digital. Refeita em maio de 2020, a pesquisa revelou que 39% não conseguiam vender nesse meio. Em junho, a resposta dos empresários caiu para 23%. Percebe-se, assim, uma adaptação dos modelos de negócios, conforme a necessidade.

“O consumidor passou a ser mais digital, mesmo após a pandemia, muitos deles terão se adaptado à comodidade da compra online. As vitrines virtuais, facilidades por Whatsapp, ferramentas do Google, trouxeram novos hábitos”, frisou o empresário.

Ele acredita que hoje toda a empresa passou a ser uma start up, pois o conceito serve para toda aquela em processo de validação de seu modelo de negócio. “É preciso desapegar-se do modelo antigo, pois ele não serve mais para o cliente de hoje, essa percepção possibilitará a existência e a evolução da empresa”, aconselhou.

Todos os tamanhos de negócio precisam se preocupar com o digital. Quem estava fora dessa realidade, teve um impacto muito maior. O Sebrae revelou que, no Brasil, 171 mil empresas digitais foram abertas na pandemia, refletindo também em novas oportunidade de negócios.

Publicado por Isabela Mattiolli

29/07/2020 às 14:20

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