NOTÍCIAS

CNC aumenta para 5,9% previsão de retração no setor de serviços em 2020

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,6% para 5,9% a previsão de retração no volume de receitas do setor de serviços, em 2020.

13/07/2020

CNC

A Confederação Nacional do Comércio
de Bens Serviços e Turismo
(CNC) revisou de 5,6% para 5,9% a
previsão de retração no volume de receitas
do setor de serviços, em 2020.

A estimativa tem como base os dados
da Pesquisa Mensal de Serviços
(PMS) de maio, divulgada nesta sexta-
feira (10/07) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).

Confirmada a previsão, o setor terciário
pode registrar o pior desempenho
anual na série histórica da pesquisa,
iniciada em janeiro de 2011.
“Ao contrário de outros setores
da economia, como o comércio, os
serviços não apresentaram reação
em maio”, destaca o presidente da
CNC, José Roberto Tadros, referindo-se ao resultado positivo da última
Pesquisa Mensal de Comércio
(PMC), divulgada há dois dias pelo
IBGE. Segundo Tadros, além da evolução
recente do nível de atividade
dos serviços, pesaram na projeção
negativa para o setor as expectativas
quanto ao desempenho da economia
nos próximos trimestres.

De acordo com a PMS, o volume
de receitas do setor de serviços encolheu
0,9% em maio, em relação a
abril, já descontados os efeitos sazonais – a quarta retração mensal
consecutiva do setor, que já acumula
queda de 18,8% desde março.

Os serviços voltados ao consumidor
final, como aqueles prestados às famílias
(+14,9%), e até mesmo as atividades
de transportes (+4,6%) reagiram
positivamente após atingirem
o “fundo do poço” em abril. Contudo,
serviços predominantemente
prestados entre as empresas, como
os de informação e comunicação
(-2,5%), além dos profissionais e administrativos
(-3,6%), impediram o
início da reação das atividades terciárias como um todo.

Turismo volta a crescer

As atividades turísticas medidas
pela PMS voltaram a apresentar crescimento
em maio, após quedas históricas
em abril, avançando 6,6%. Porém,
de acordo com o economista da
CNC Fabio Bentes, quando comparado
aos demais setores da economia, o
Turismo é o que se encontra mais distante
do nível de atividade verificado
antes da pandemia (-66% em relação
a fevereiro deste ano). “Assim como
nas pesquisas do IBGE relativas à indústria
e ao comércio, as empresas
que compõem as atividades turísticas
enfrentaram a fase mais aguda da crise
pandêmica no mês de abril”, afirma
o economista.

A CNC calcula que, em quatro
meses, o segmento de turismo perdeu
R$ 121,97 bilhões. “A tendência
é que o faturamento real do setor
encolha 39% em 2020, com perspectiva
de volta ao nível pré-pandemia
somente no terceiro trimestre
de 2023”, projeta Fabio Bentes. Do
ponto de vista do emprego, os dados
mais recentes do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados
(Caged) revelaram que, entre as 21
principais atividades econômicas, os
subsetores de alojamento e alimentação
fora do domicílio, responsáveis
por mais da metade (57%) da
ocupação no Turismo, eliminaram
275,7 mil postos formais de trabalho
entre os meses de março e maio
deste ano, acumulando, naquele trimestre,
uma retração de 13,7% no
seu nível de ocupação.

O Turismo tem sido um dos setores
mais impactados pela crise provocada
pelo surto de covid-19, sobretudo
com o fechamento das fronteiras
em diversos países, o que fez reduzir
drasticamente o fluxo de turistas no
País desde março.

Clique AQUI e confira a análise completa da
Divisão Econômica da CNC

Publicado por Silvia Bocchese de Lima

13/07/2020 às 13:25

©2024 • Fecomércio PR. Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência na navegação, bem como auxiliar nossa capacidade de fornecer feedback, analisar o uso do nosso site e ajudar a fornecer informações promocionais sobre nossos serviços e produtos. Para mais informações, por favor visite nossa Política de Privacidade.