A péssima repercussão entre o empresariado, sociedade e até entre aliados fez governo desistir de recriar CPMF para cobrir um rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento da União de 2016. A decisão foi tomada durante reunião realizada no sábado à tarde (29) entre a presidente, Dilma Rousseff, e os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Nelson Barbosa, Planejamento.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) liderou a reação no Paraná contra a volta do imposto. De acordo com o presidente do sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, a rápida reação do empresariado brasileiro, impedindo a continuidade das tratativas para que a famigerada CPMF fosse ressuscitada, fez com que o governo desistisse, ao menos esse ano, de aprovar o imposto.

“A Fecomércio PR, pelos seus 61 sindicatos, foi uma das entidades que imediatamente manifestou-se, condenando por unanimidade a volta da contribuição. Mas é preciso ficarmos atentos. A contribuição, que nasceu provisória, pode voltar nos próximos meses e, pior ainda, tornar-se permanente. O comércio não irá suportar mais este sacrifício, que representa um prejuízo incalculável a quem gera receitas para o governo e oferece empregos para o desenvolvimento do país”, afirma.